Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil
Firjan – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Em cada vez mais setores, os criativos assumem papel importante diante da nova lógica econômica.
As transformações no mundo dos negócios e as mudanças nas relações de trabalho, consumo e nos modelos de geração de riqueza tornam os profissionais criativos um radar para todas as indústrias, apontando novos rumos, cenários e tendências que geram valor para a sociedade e para as empresas.
Desde 2008 a Firjan realiza uma verdadeira radiografia de um dos setores mais relevantes da economia: a Indústria Criativa.
Agora, em 2022, estão lançando a sétima edição do Mapeamento, reiterando o reconhecimento da força do setor não só no estado do Rio de Janeiro, mas em todo o Brasil.
O atual estudo cobre o período que vai de 2017 a 2020, ou seja, contempla o primeiro ano da pandemia do coronavírus, o que é fundamental para uma visão ainda mais precisa.
Abaixo segue um resumo e pontos que achei importante destacar, também segue o link do documento completo: https://casafirjan.com.br/sites/default/files/2022-07/Mapeamento%20da%20Ind%C3%BAstria%20Criativa%20no%20Brasil%202022.pdf
Economia Criativa sob a Ótica da Produção
Ao longo das últimas décadas, a Indústria Criativa tem se tornado parcela cada vez mais relevante das cadeias produtivas.
Economia Criativa sob a Ótica do Mercado de Trabalho
Em 2020, a economia brasileira contava com mais de 935 mil profissionais criativos formalmente empregados, o que representa um aumento de 1,8% na comparação com o ano de 2019 e de 11,7% em relação ao último Mapeamento da Indústria Criativa, realizado com dados de 2017.
Consumo: expansão de 20% entre 2017 e 2020
O principal destaque positivo da área de Consumo foi o segmento de Publicidade & Marketing, que representa mais da metade das vagas da área e expandiu 48,2%.
Fortes expansões foram observadas nos vínculos de Visual Merchandiser (+231,6%), Agenciador de propaganda (+154,0%), Analista de negócios (+89,2%), Designer de produto (+38,1%) e Designer gráfico (+23,7%), atividades estratégicas em um mundo cada vez mais competitivo e digital, no qual diferentes abordagens publicitárias e de design podem fazer toda diferença para um bom posicionamento de mercado das empresas.
Top 10 Profissões Criativas
Áreas de Consumo e Tecnologia crescem a taxas robustas, enquanto os vínculos nas áreas de Cultura e Mídia apresentam quedas relevantes. Tais movimentos são reflexos diretos da forma como a digitalização de processos e ascensão de novas tecnologias impactam os modelos operacionais das empresas, modificando suas estruturas de demanda no mercado de trabalho e provocando possíveis migrações intersetoriais de trabalhadores. São novos tempos que demandam flexibilidade e adaptação, de empregadores e de colaboradores.
Remuneração dos Trabalhadores Criativos nos Estados
Assim como ocorria em mapeamentos anteriores, os núcleos criativos de todas as unidades da Federação registraram, em 2020, médias salariais superiores ao rendimento médio encontrado pelos trabalhadores totais de cada estado, o que denota a valorização dos profissionais criativos no mercado de trabalho, bem como o alto nível de qualificação necessário em muitos dos segmentos que compõem esta indústria.
Salário médio da Indústria Criativa nacional:
2020: R$ 6.926 BR
2019: R$ 7.248 BR
2017: R$ 7.692 BR
Soft Power e desenvolvimento com base na cultura e identidade dos territórios
“Imagem é poder. É poder suave.”
Soft Power é um termo cunhado nos anos 1980 pelo cientista político Joseph Nye. É definido como “a habilidade de se conseguir o que quer pela atração e não pela coerção ou pagamentos.”66 Soft Power se contrapõe ao uso da força (hard power) e ao uso do poder econômico, está relacionado com o poder de influência de um país que usa sua imagem para atrair, influenciar e persuadir através de suas ideias, cultura e valores.
No campo da cultura há diversos exemplos de países que usam ou usaram o Soft Power, também conhecido como poder suave, para trazer ganhos econômicos, sociais e turísticos.